sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Lima amargo


Antunes Ferreira
O título é mesmo assim, não há erro de concordância. O caso Duarte Lima continua amargo e escaldante. Com as revelações da jornalista Felícia Cabrita, enviada especial do semanário «Sol» ao Rio de Janeiro, publicadas pelo jornal, as coisas estão bastante mais difíceis para o antigo deputado pelo PSD à Assembleia da República.

As multas rodoviárias que sofreu (e pagou), o desaparecimento do tapete do carro alugado por ele, os telefonemas que fez para a vítima Rosalina Ribeiro (de quem era advogado) por outros telemóveis que não o dele, tudo pesa contra o causídico e político que, recorde-se, sobreviveu a um cancro.

Sou absolutamente contra os julgamentos na praça pública. Não podem, de nenhum modo, existir, mas, infelizmente, cada vez são mais. Só nos tribunais, sede própria para o efeito, eles têm de decorrer. Porém, as alegadas suspeitas que a Polícia brasileira terá avolumam-se, de acordo com a jornalista, especialista em temas quentes e sensacionalistas. Os milhões que Duarte Lima recebeu em tempos também não o ajudam nada.

Enfim, veremos no que isto dá. Arquivamento? Prescrição? A Justiça é cega, mas, por vezes, abusa.

14 comentários:

  1. Tinha uma certa simpatia por este homem. De momento, não sei o que pensar. Os factos não lhe são favoráveis mas, como não gosto de julgar pelo que leio ou ouço, fico à espera do fim.
    Que há muita coisa para explicar, há.
    Queijo
    Maria

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  2. Só uma pequena correcção. A D. Felícia Cabrita é enviada especial do pasquim Sol, não do Expresso.

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  3. A questão é saber se as autoridades portuguesas vão colaborar com as brasileiras nesta investigação. É sabido que DL foi investigado num processo que seguiu a via do arquivamento sem que até alguns investigadores percebessem porquê. Eu também não percebi...

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  4. O facto de não apreciar a figura em causa, não me permito fazer qualquer julgamento. Também o veículo das notícias me deixa de pé atrás... O que espero, contudo, é que as autoridades portuguesas, se solicitadas, cumpram o dever de colaboração, para que o processo siga o seu curso e, se for o caso, o sujeito seja julgado e condenado ou ilibado, sem que restem dúvidas.

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  5. Eu não tenho nenhuma simpatia pelo senhor, sempre achei que soava muito a falso, mas enquanto não vir uma prova daquelas irrefutáveis, vou continuar a ter uma posição de neutralidade.

    Alguns jornais têm cada vez menos leitores e habituaram-se ao sensacionalismo fácil para venderem mais e assim se salvarem. Se isso pode provocar vitimas inocentes isso, para eles, é pouco importante. O assassínio de caracteres tornou-se uma prática corrente, e a "justiceira" Cabrita é especialista nesta matéria.

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  6. Maria

    Até ao lavar dos cestos é a vindima. Há que esperar, pois. Mas lá que é uma grande embrulhada, lá isso é...

    Queijinho

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  7. Marmar

    Eu também não percebi, mas no meu caso julgo que é a terrível pdi...

    Queijinho

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  8. Quinhentos

    Totalmente de acordo, ainda que me convença que cada vez vai ser mais difícil. Os primeiros a abandonar o barco são os ratos

    Abraço

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  9. Estorninho

    In dubio pro reo... Enquanto não terminar a investigação, não sair a sentença, não se esgotarem os recursos e não acabar com este malcheiroso caso, há que aguentar.

    O que escrevi está escrito e não nada que possa ser-me censurado, penso. Já da «famosa» Cabrita...

    Abraço

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  10. Em muitos pormenores, faz-me lembrar o caso Militão.
    Tudo por causa de dinheiro.
    Seja ele ou outro o assassino, o motivo parece ser esse.
    Será que a porcaria do dinheiro justifica tudo??
    Abraço

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  11. Espero que se faça justiça e que todas as "provas" sejam conclusivas.
    O "pecador" tem que ser punido e o "sem mácula" não pode ser acusado.
    Infelizmente na vida real nem sempre é assim!

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  12. Gente boa

    Ontem, como em todos os sábados, publiquei no http://sorumbatico.blogspot.com uma crónica intitulada «Jardim ressuscita Enver Hoxha» que está a dar uma bela polémica. Se quiserem ir lá e participar no festim...

    Obrigado

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  13. Claro que ainda não se provou nada, mas se se vier a provar, o caso vai dar em... arquivamento, ou prescição do prazo, ou falha de uma vírgula na alínea tal do artigo tal...
    Tal como o caso do Dias Loureiro e Cª Ldª!

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