quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Justiça em cadeira de rodas


Antunes Ferreira
O juiz desembargador Luís Vaz das Neves, reeleito presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, anunciou ontem que a decisão sobre os recursos no processo Casa Pia deverá ser revelada no mês de Janeiro do próximo ano.

Recordo que os recursos quer dos arguidos quer do Ministério Público foram entregues no final do ano passado e estão a ser analisados naquela instância judicial pelos juízes desembargadores Guilhermina Freitas e Calheiros da Gama, na 9.ª Secção Criminal do Tribunal da Relação de Lisboa.
 E ainda que o julgamento do processo Casa Pia relativo a abusos sexuais de menores da instituição terminou ao fim de quase seis anos com um acórdão que condenou seis dos sete arguidos a penas de prisão e ao pagamento de indemnizações aos abusados.

O anúncio de Vaz das Neves, que tomou posse do novo mandato não é pois, muito simpático, nem pouco mais ou menos. A Justiça em Portugal continua com um andamento suficientemente lento - comparável, ainda que por excesso (?) ao do caracol - para que daqui a pouco use uma cadeira de rodas. Manual, como é óbvio.



5 comentários:

  1. As conhecidas três velocidades - devagar, devagarinho, parado.
    Abraço

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  2. Henriquamigo
    Tu não me fales do malfadado caso Casa Pia, porque eu passo-me. Só de pensar que, os culpados andam à solta, fico agoniada. A justiça neste país, não anda de cadeira de rodas. Rasteja, como réptil que é.
    Queijos amargos, com lágrimas.
    Maria

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  3. Ai há justiça cá em Portugal? Só se for para pagar aos advogados porque depos fica tudo em águas de bacalhau.
    Mas pior que o do bacalhau é, de facto, o (mau) cheiro do chamado processo Casa Pia - uma pouca vergonha!

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  4. As rodas nem sequer são redondas, são quadradas.

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  5. Aqui no Brasil não difere em nada daí, inclusive podemos parafrasiar, lá como cá a velocidade da justiça é zero.

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