PROPÓSITO
Este é o primeiro texto deste blogue que tentarei ir fazendo passo a passo. Nele penso que todos aqui podemos contribuir para que a res politica em Portugal, opinando, comentando, criticando, debatendo, seja mais respeitada. Pretendo que a Liberdade e a Democracia aqui estejam presentes; a não ser assim, a Política - que deve ser nobre, transparente, honesta e respeitadora das ideias de todos - não se transforme em Pulhítica. Penso que ainda vamos a tempo.
Por tuta e meia
Antunes Ferreira
Como se vem constatando, o Governo chefiado por Passos Coelho cumpre rigorosamente o aforismo popular: é mais papista do que o Papa. Ou seja, a Troika disse mata e o Executivo acrescenta rapidamente e em força. E ainda mais: esfola. Não quer isto dizer que retomo a afirmação de Oliveira Salazar a propósito da «província ultramarina de Angola» que também fazia parte do Portugal do Minho a Timor, uno e indivisível. Nada disso. É uma força de expressão e um exercício de memória, apenas.
Foi, porém, o próprio primeiro-ministro que decidiu acelerar decididamente para ultrapassar o que a trindade santíssima (pois que mais se lhe pode chamar?) tinha imposto a este triste e desirmanado País. Já se sabe, sem a menor dúvida que é ela que governa Portugal. Era. As medidas avançadas por São Bento revelam que o trio era pouco ambicioso no espartilho que pusera aos lusos. Assim, aumentam-se.
Passos Coelho é quem manda? Também não; todos sabem que é a senhora Angela Merkel. Berlim incentiva, apoia, impõe, ordena – e Lisboa baixa as orelhas e cumpre. Acolitada pelo sacristão Sarkozy, é a chanceler alemã quem reza a missa, faz o sermão e admoesta o fiel português ameaçando-o que, se cair em tentação, se cometer pecado, a penitência tem que se lhe diga. É a prática normal numa União Europeia cada vez mais desunida. A Alemanha é… a Alemanha. Ponto.
Na quarta-feira, e dentro desse caminho muito original para o restabelecimento das finanças públicas, o inefável ministro Vítor Gaspar dirigiu-se de novo ao povo ignaro para apresentar o enquadramento do Orçamento de Estado para 2012. Ansiedade era o sentimento que vivia nos cidadãos – e com razão acrescida.
Isto porque uns escassos dias antes o ministro Álvaro Santos Pereira [de acordo com a Wikipédia, um economista, jornalista e romancista portugês(sic)] tinha informado a plebe que vinha a caminho o corte «histórico» da despesa pública. E sendo como era um emérito e jovem professor universitário no Canadá e nos Estados Unidos, não havia que duvidar.
Mas, mons murem peperit: o que aconteceu foi que Gaspar veio anunciar mais uns impostos. Como disse a jornalista Helena Garrido no Jornal de negócios, quando o ministro fala é para aumentar a carga fiscal. A minha antiga colega no DN e boa Amiga questionava-se até sobre se teríamos um ministro das Finanças ou um cobrador de impostos.
Ironicamente ao intervir na Universidade de Verão do PSD, Mário Soares admitiu estar preocupado com as recentes subidas de impostos. E disse «Estamos a caminhar valentemente para o limite» daquilo que a classe média pode aguentar. Quem o convidou não deve ter ficado muito satisfeito, mas quem anda à chuva…
O busílis é que o fundador do PS e antigo Presidente da República defendeu que Portugal conseguirá ultrapassar os obstáculos que enfrenta «sem alienar - como alguns querem - o seu património, vendendo-o, por tuta e meia, até a empresas nacionalizadas no estrangeiro». Vamos pelo bom caminho, ai vamos, vamos.
Bravo, Ferreiramigo, mais uma trincheira para um socialista da gema! Já estamos a per-seguí-lo
ResponderEliminarVou tentar mais esta (per)"seguição... não 'tá fácil, mas tentarei...!
ResponderEliminarQueij e Abs
Quicas
Parabéns pelo novo projecto, caro amigo.
ResponderEliminarPortugal como é um país periférico corre o risco de ser o primeiro país neoliberal da Europa, ao estilo americano, graças a este governo ultra-troikista, que está mais preocupado em agradar a Alemanha e os chamados mercados do que em resolver os problemas de fundo do país.
O construir "passo a passo" já me traz algo desagradável à ideia!
ResponderEliminarO que será? :-))
Passei por cá para dar um abraço e desejar boa sorte neste novo cantinho =)
ResponderEliminarMeu querido Ferreiramigo, o nosso sangue, segundo a visão deles, é de réles plebeu, porem quando ele verte de nossos corpos e rega a Terra faz nascer a liberdade, e com isso cessa a abastança deles edo vil jugo sobre nossas cabeças. Então vamos lute com todas as forças que nós seremos teus seguidores compatriotas. A verdade os governantes gostam de omitr a nós povo, todavia estamos vivos e em maioria absoluta, porisso temos que nos fazer ouvir, grite que nós gritaremos contigo.
ResponderEliminarComo predisse, caro amigo, cá estou. Pela apresentação e estréia, isto promete.
ResponderEliminarSucesso.
Parabéns pelo novo espaço!
ResponderEliminarUm grande bj
Gente boa
ResponderEliminarMuito obrigado pela atenção dispensada e pelos comentários; a Amizade não se agradece: vive-se.
Repartido agora por dois blogues, as respostas individuais seguirão logo que me for possível
Abração
FerreiAmigo,
ResponderEliminarCá estou eu.
Não é só Portugal que anda a ser vendido aos bocados.
Essa foi mais uma característica que deixámos em Macau.
Das más, infelizmente.
E lá vai mais um blogue para a barra lateral.
Um abraço Ho Pang Iao!!
Luiz Carlos
ResponderEliminarMuito bem, brigado. Força no Bajé
Abração
Quicas
ResponderEliminarMais que fiel, és fidelíssimo. O que não tem nada a ver com Roma...
Abração
Maldonado
ResponderEliminarOra nem mais. Isto vai de mal a pior. E agora mais esta do Alberto João... É fartar, vilanagem!
Abração
Rosinha
ResponderEliminarEscorreguei, pois passos ao quadrado - nem pensar. Já nos sobra um...
Queijinho
Sérgio
ResponderEliminarMuito obrigado. E quando voltas à nossa Travessa?
Abração
Gerson
ResponderEliminarSinto-me satisfeito por ter quem nos acompanhe do outro lado do nosso Atlântico. E que grite connosco. Viva!
Abração
Clóvis
ResponderEliminarJá sabia que eras um dos fixes mais Amigos. Bem vindo e obrigado
Abração
Gisa
ResponderEliminarEstou feliz por te ver também aqui. Vou fazer o melhor que sei - e posso
Queijinho
Pedro
ResponderEliminarHá quantos anos «isto» anda assim? Talvez desde o Afonso Henriques; não maneira de ganharmos juízo.
A Macau já não vou há mais de 15 anos. É muito
Abração